terça-feira, 30 de março de 2010

O CAPITAL E O ESTADO


Desde o liberalismo econômico de Adan Smith no final do século XVIII, temos visto o estado sendo cada vez mais entregue ao capital especulativo. A partir do ano de 1970, sob a influência de Milton Friedman, ficou ainda mais evidente a separação entre o estado capital e privado. Pregava-se mais do que nunca, um estado completamente separado do capital o que, segundo os idealizadores do neoliberalismo, liberaria o estado de grandes gastos para que pudesse dedicar todas as suas forças em seu papel principal que é de proteger o cidadão. Vemos, aí, um extremo ao que pregava Maquiavel com o seu estado forte descrito em seu livro “O Príncipe.”
Na última grande crise mundial de 2009 em que o capital especulativo colocou em xeque quase todos os países do globo, inclusive os EUA, berço do neoliberalismo, vimos a necessidade e a importância de um estado forte capaz de controlar um mercado faminto por lucro a todo custo.
Nem muito à esquerda nem muito à direita. Evitando os extremismos, vemos a necessidade de um estado competente, enxuto e capaz de fazer aquilo que lhe compete: proteger o cidadão. Poderíamos tecer aqui vários comentários referentes à união mas vamos nos deter em nosso município. Temos visto a capitalização cada vês maior em nossa cidade onde não temos a presença do executivo. Basta olhar a saúde, por exemplo em que todos nós cidadãos somos empurrados para clínicas e hospitais particulares que são credenciadas para atender através do SUS e de forma muito precária. A que isso leva? Ao sucateamento de tudo que é público para que uma futura privatização da saúde no município seja bem vinda pelo cidadão comum desprovido de informação.
Este sucateamento tem-nos levado a índices vergonhosos no índice IDH(índice de desenvolvimento humano que mede riqueza, acesso à educação e expectativa de vida, o que engloba o acesso à saúde) que é de, pasmem, 0,732 (fonte Sec. De Educação) e que fica abaixo do território da Palestina que tem o IDH 0,737(fonte O Globo economia) A diferença entre nossa cidade e a Palestina é que nós vivemos em um país que está em paz enquanto aquele vive em guerra há 60 anos!
Vemos que vontade política é a mola mestra para o desenvolvimento de qualquer região.
Precisamos nos conscientizar da importância da participação popular nas decisões do executivo através de nossos representantes na câmara, nos conselhos nas associações de bairros etc. O que não podemos perder é esperança de dias melhores para nós e nossos filhos.

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